Para nosso
organismo realizar as diversas funções do dia-a-dia (como contração muscular,
sinapses e digestão dos alimentos, todas essas reações só são possíveis através
da molécula de ATP (também conhecida como moeda corrente da célula).
ATP: É formada por uma molécula de adenosina e três moléculas de fosfato (a+p+p+p), a molécula
de ATP libera energia através da quebra da ultima ligação do fosfato. Ou seja, através
da quebra da ultima ligação do fosfato (através da enzima atpase) é liberada
energia, por exemplo: A realização da contração muscular, isso com uma simples reação
química, ao fim do processo restam apenas uma molécula de ADP (a+p+p) e um
fosfato inorgânico.
Ressentisse
de ATP: após a quebra da ultima molécula de fosfato liberando energia sobra um
fosfato inorgânico, a ressentisse é realizada através deste fosfato.
Ou seja, através
de uma reação a molécula de adp volta a ser uma molécula de ATP. Mas a grande questão é de onde vem essa energia para a realização da ressentisse de ATP?
Sistemas
energéticos
Para o nosso
metabolismo existem dois tipos de exercícios sendo eles:
O que
utiliza oxigênio (aeróbio)
E o que não
utiliza oxigênio (anaeróbio)
Sistema anaeróbio
alactico: Utilizado para exercícios de alta intensidade, (corrida de 100 m,
chute, cortada no vôlei e etc...) e curta duração (aproximadamente 12 a 15
segundos), utiliza para a ressentisse de ATP a creatina fosfato (CP), esse sistema energético e conhecido como ATP-CP.
Ou seja,
quando o ATP utiliza sua ligação mais externa de fosfato para liberar energia e
torna-se adp é a Creatina Fosfato quem libera energia para a ressentisse de ATP,
esse processo dura aproximadamente de 12 a 15 segundos, quando começam a baixar
os estoques de Creatina Fosfato.
A ressentisse
de Creatina ocorre de maneira parecida com a de ATP, porem o praticante tem que
estar em repouso ou não estar praticando exercício de alta intensidade.
Ou seja, através
desse processo de quebra de ATP nos conseguimos restaurar os estoques de Creatina Fosfato.
Sistema Anaeróbico
láctico: Processo realizado no citoplasma, este sistema utiliza o carboidrato como substrato energético, gerando ao fim do
processo de 2 a 3 ATP e uma molécula de acido pirúvico utilizando em exercícios
de alta intensidade (corrida de 200m, ou 400m com barreiras) e curta duração
(aproximadamente 20 segundos a 3 minutos).
Ou seja, após a baixa dos estoques de creatina a célula utiliza o carboidrato como
substrato energético, após uma série de reações químicas serão ressintetizados
de 2 a 3 moléculas de ATP, como o nosso organismo acumula glicose em forma de glicogênio, é o processo de quebra da glicose. E rapidamente a célula muscular utiliza
apenas glicose nos exercícios anaeróbicos que tenham cerca de 20 segundos.
Ao fim do
processo anaeróbio a célula produz lactato este que por sinal e muito útil,
pois ele é jogado na corrente sanguínea e pode ser ressintetizado em glicose,
este processo é realizado no fígado. Porém o lactato vem de uma reação química
gerada através do ácido láctico, reação esta que lança hidrogênio no
citoplasma, o que não é benéfico
para a célula por que gera acidose, o que interrompe uma série de reações químicas,
mas para saber o que acontece com hidrogênio e outras reações realizadas no
sistema anaeróbico láctico temos que ver como funciona o sistema Aeróbio.
Sistema Aeróbio:
Em primeiro lugar o sistema aeróbio funciona principalmente através de 2 reações
químicas:
O acido pirúvico
é transformada em AcetilCoa, esta que por sua vez vai entrar na mitocôndria (organela
da célula), e também quando o Ac láctico libera o hidrogênio.
Outro ponto
importante é que no sistema energético aeróbio as principais transformações químicas
são realizadas nas mitocôndrias, utilizando oxigênio.
Depois de esclarecidos
estes dois pontos o que ocorre é que a AcetilCoa entra na mitocôndria, e que uma
coenzima chamada Nad irá carregar o hidrogênio para a mitocôndria. Na mitocôndria
ocorre uma série de reações químicas, mas apenas uma reação nos interessa, pois
quando se separam os elétrons do hidrogênio da AcetilCoa e dos elétrons vindo através
do hidrogênio carregado pelo Nad. Estes elétrons
são enviados para o sistema de cadeia de elétrons, ao fim do processo são ressintetizados aproximadamente de 36 a 37 ATP e a glicose como substrato energético.
Os acido
Graxos livres também podem ser utilizados como substratos energéticos, porém
ele esta localizado em um local de difícil acesso que é o tecido adiposo, armazenado
em forma de triglicerídeos, que precisam ser quebrados e lançados na corrente sanguínea,
e ao chegar ao citosol da célula, sofre uma série de reações químicas até se transformar
em acetilcoa que vai entrar na mitocôndria, e que ao fim do processo chega a
ressintetizar aproximadamente 150 a 400 Atp.
O sistema
aeróbio é utilizado para exercícios de leve a intensidade moderada (caminhadas,
maratonas e etc...) e podem ser de poucos minutos chegando a durar horas.
Galera estes foram os sistemas energéticos, sei que também não entenderam nadica de
nada, pois ai vai um resumão do que acontece na pratica.
A aula pode
ser divida em 2 Etapas:
Sistemas energéticos:
Anaeróbio
alactico: Altíssima intensidade e curta duração de 12 a 15 segundos.
Exemplos:
Chute no futebol, saque no vôlei, corrida de 100 m.
Substrato:
Creatina Fosfato.
Também
chamado: Fasfogenes, ATP-CP (Origem do nome do nosso Blog).
Anaeróbio láctico:
Alta intensidade e media duração de 20 segundos a 3 minutos.
Exemplos:
Corrida de 200 m, 400m, com barreiras.
Substrato:
Carboidratos (glicose)
Também
chamado: Via glicolitica.
Aeróbio:
Baixa, media e moderada intensidade, duração de 5 minutos a longas horas.
Exemplos:
Caminhadas, corridas, e maratonas.
Substratos:
Glicose, ácidos graxos livres.
Também
chamada: Via Oxidativa.
Substratos energéticos:
Carboidratos:
aproximadamente 39 atp.
Ácidos
graxos livres: aproximadamente 150 a 400 atp.
Proteínas:
Não tem uma referência especifica.
Sempre
lembrando que os sistemas energéticos nunca atuam sozinhos, eles apenas tem a
predominação, tanto de via quanto de substrato energético, por exemplo:
Um chute no
futebol, o jogador utiliza a via ATP-CP e
a creatina para restaurar ATP, pois bem após um chute, os estoques de creatina não se esgotam, mas se o jogador avançar com a bola em alta velocidade e
chutar a bola, os estoques de creatina podem baixar muito, mas nem por isso o
atleta sai da partida, no momento do chute o sistema ATP-CP predomina, mas o
atleta volta para o campo de defesa caminhando ou fazendo um trote de baixa
intensidade, ai ocorre o processo de ressintesse da creatina.
Mas se por
acaso o atleta avança em alta velocidade, chutar e o goleiro defender a bola e
lançar para o contra ataque, o atleta não pode voltar em baixa intensidade para
seu campo de defesa, ele volta em alta velocidade, nesse momento a velocidade
menor que na hora do chute, porém de intensidade bem alta, a via glicolitica
vai predominar nesse instante.
Pois bem
caros amigos, que fique uma coisa clara em vossas mentes, o que conta muito nas
atividades é a intensidade e a duração. No momento de realização da montagem e
manutenção de um treino temos que levar em consideração o tempo, volume e intensidade
que estamos propondo ao individuo, e mesmo que o exercício praticado seja anaeróbio,
o individuo devera ter uma base aeróbia forte.
parabens muito bem explicado com base cientifica aliada a exemplos praticos.
ResponderExcluirparabens muito bem explicado com base cientifica aliada a exemplos praticos.
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