Imagem e ação: a televisão e a educação física; Betti, Mauro.
Galera do blog, a partir de hoje,
iremos começar uma serie de resumos sobre os artigos que serão parte da
bibliografia, para aqueles que irão participar do concurso público estadual PEB
II. A partir de domingo iremos disponibilizar os artigos para downloads no
blog.
Vamos analisar o artigo do
professor Mauro Betti.
Imagem e ação: a televisão e a educação física.
No artigo, o professor apresenta
a educação física como um fenômeno cultural: A cultura corporal do movimento e
suas valências e da motricidade humana codificado pelos jogos, danças,
ginásticas, lutas, esportes etc...
Para Betti, de forma indireta,
ele apresenta as mídias em especial à televisão como um vilão, para a cultura
corporal do movimento. Isto por que através dos esportes que é visto como um
“artigo” à parte pelo autor, por conta de seus privilégios perante a mídia (TV)
foi criado, o que o professor define como Telespetáculo. A prática do esporte
em si que busca o prazer, o lúdico e o autoconhecimento passa a ser secundário,
pois o que interessa é a veiculação aos grandes interesses comerciais
(patrocinadores), e a forma como esse jogo é apresentado (enquadramento,
efeitos especiais, replays), com esse advento outras mídias se “apoderaram”
desse telespetaculo (revistas, internet, rádio). O autor afirma que as ginásticas
passam a ter cada vez mais espaço na televisão, mas não com o intuito de
difundir o esporte para as massas e seus benefícios referentes à sua pratica,
mas sim é explorada a questão estética, visando à venda de produtos, os centros
estéticos, as cirurgias plásticas e etc., o “mercado do corpo”.
Com isso Betti, aponta para:
novos esportes relacionados a cultura corporal do movimento, e a
espetacularização/ distanciamento desses esportes das demais manifestações da
cultura corporal, devido a interesses econômicos/ “entrelaçamento” entre a
estética e o fitness.
Para Betti, e outros autores esse
fenômeno pode ser classificado como a “cultura das mídias” e faz uma reflexão
que através desse novo status a intenção é criar indivíduos passivos, que passam
grande parte do seu tempo ócio sentados no sofá em frente à televisão, apenas
observando a linguagem audiovisual, cada vez mais enraizado no cotidiano do
aluno, onde se valoriza a forma e não o conteúdo. Apresenta também o que ele
denomina de uma visão hegemônica do esporte, a visão dos ganhadores: vitória,
esforço, disciplina, status, retorno financeiro... A prática do esporte deixa
de ser algo lúdico vivenciado em campinhos, terrenos baldios, ruas... Uma forma
de aproximação e socialização entre as crianças e passa a servir como algo
preparatório (treinamento) para crianças/adolescentes que querem ser
“Ronaldinhos”.
Mas o autor não utiliza o artigo
para que nós professores de educação física quebremos esse paradigma, e as
crianças/adolescentes não assistam mais televisão e passem a vivenciar a
cultura corporal de movimento. Pelo contrario ele apresenta o modo como a mídia
e a educação física se relacionam de forma extremamente critica, e acentua a
ineficiência de alguns professores de educação física na formação completa do
seu aluno, pelo fato de entenderem que a educação física é apenas uma matéria
pratica.
Mauro vai além apresentando
diversas formas em que o professor deve utilizar a mídia. Segundo ele o
professor deve ser um mediador desse conteúdo vinculado à mídia, abordando
temas, discutindo, refletindo etc... Ou seja, uma interação com o meio. E
entender esses conteúdos através de analises, interações, critica etc.. Ou
seja, uma interação no meio. O intuito é formar um individuo critico, reflexivo,
que saiba assimilar as informações a sua disposição veiculas pela mídia e
formular o pensamento autocrítico, e construtivo. O professor ainda sugere
algumas estratégias para as aulas:
-Motivação
para o debate e a reflexão sobre temas atuais a partir do conhecimento prévio e
cotidiano dos alunos.
- Atratividade
da linguagem jornalística, que é mais sintética e ilustrada.
- Os
audiovisuais dão destaque a informações e chamam a atenção, muitas vezes mais
que o professor.
- Substituem
longas exposições e textos;
- As
imagens televisivas atingem primeiramente as emoções e, em seguida, o professor
deve trabalhar as interpretações racionalizadas e críticas.
A
partir da pesquisa-ação desenvolvida por Betti, são apresentadas algumas
recomendações para o uso das mídias na educação física, em especial a TV e
vídeo:
1)
partir de um tema e/ou situação atual e de interesse dos alunos, porém,
integrado ao tema trabalhado no currículo naquele período;
2)
utilizar matérias curtas, evitando matérias essencialmente narrativas;
3)
preparar a utilização da matéria, verificando a veracidade das informações;
4)
articular exibição do vídeo com vivências corporais;
5)
favorecer a discussão sobre o vídeo, articulando-a à vivência dos alunos e à
cultura corporal de movimento, em seu contexto histórico (passado e presente) e
com dados científicos;
Desse
modo, recupera-se a tarefa educativa e física da Educação Física, enquanto
elemento dinâmico da cultura.
Galera
é isso ai o texto apresenta uma visão geral do artigo, que é bastante extenso e
informativo, porém pode ser de difícil compreensão.
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seus comentários e curta a nossa pagina no Facebook.
Onde eu consigo o artigo?
ResponderExcluirMuito bom Obrigado!
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