sábado, 19 de outubro de 2013

Resumo do texto para o concurso publico estadual PEB II: Imagem e ação: a televisão e a educação física; Betti, Mauro.


Imagem e ação: a televisão e a educação física; Betti, Mauro.

 

Galera do blog, a partir de hoje, iremos começar uma serie de resumos sobre os artigos que serão parte da bibliografia, para aqueles que irão participar do concurso público estadual PEB II. A partir de domingo iremos disponibilizar os artigos para downloads no blog.

 

Vamos analisar o artigo do professor Mauro Betti.

 

 Imagem e ação: a televisão e a educação física.

 

No artigo, o professor apresenta a educação física como um fenômeno cultural: A cultura corporal do movimento e suas valências e da motricidade humana codificado pelos jogos, danças, ginásticas, lutas, esportes etc...

Para Betti, de forma indireta, ele apresenta as mídias em especial à televisão como um vilão, para a cultura corporal do movimento. Isto por que através dos esportes que é visto como um “artigo” à parte pelo autor, por conta de seus privilégios perante a mídia (TV) foi criado, o que o professor define como Telespetáculo. A prática do esporte em si que busca o prazer, o lúdico e o autoconhecimento passa a ser secundário, pois o que interessa é a veiculação aos grandes interesses comerciais (patrocinadores), e a forma como esse jogo é apresentado (enquadramento, efeitos especiais, replays), com esse advento outras mídias se “apoderaram” desse telespetaculo (revistas, internet, rádio). O autor afirma que as ginásticas passam a ter cada vez mais espaço na televisão, mas não com o intuito de difundir o esporte para as massas e seus benefícios referentes à sua pratica, mas sim é explorada a questão estética, visando à venda de produtos, os centros estéticos, as cirurgias plásticas e etc., o “mercado do corpo”.

Com isso Betti, aponta para: novos esportes relacionados a cultura corporal do movimento, e a espetacularização/ distanciamento desses esportes das demais manifestações da cultura corporal, devido a interesses econômicos/ “entrelaçamento” entre a estética e o fitness.

Para Betti, e outros autores esse fenômeno pode ser classificado como a “cultura das mídias” e faz uma reflexão que através desse novo status a intenção é criar indivíduos passivos, que passam grande parte do seu tempo ócio sentados no sofá em frente à televisão, apenas observando a linguagem audiovisual, cada vez mais enraizado no cotidiano do aluno, onde se valoriza a forma e não o conteúdo. Apresenta também o que ele denomina de uma visão hegemônica do esporte, a visão dos ganhadores: vitória, esforço, disciplina, status, retorno financeiro... A prática do esporte deixa de ser algo lúdico vivenciado em campinhos, terrenos baldios, ruas... Uma forma de aproximação e socialização entre as crianças e passa a servir como algo preparatório (treinamento) para crianças/adolescentes que querem ser “Ronaldinhos”.

Mas o autor não utiliza o artigo para que nós professores de educação física quebremos esse paradigma, e as crianças/adolescentes não assistam mais televisão e passem a vivenciar a cultura corporal de movimento. Pelo contrario ele apresenta o modo como a mídia e a educação física se relacionam de forma extremamente critica, e acentua a ineficiência de alguns professores de educação física na formação completa do seu aluno, pelo fato de entenderem que a educação física é apenas uma matéria pratica.

Mauro vai além apresentando diversas formas em que o professor deve utilizar a mídia. Segundo ele o professor deve ser um mediador desse conteúdo vinculado à mídia, abordando temas, discutindo, refletindo etc... Ou seja, uma interação com o meio. E entender esses conteúdos através de analises, interações, critica etc.. Ou seja, uma interação no meio. O intuito é formar um individuo critico, reflexivo, que saiba assimilar as informações a sua disposição veiculas pela mídia e formular o pensamento autocrítico, e construtivo. O professor ainda sugere algumas estratégias para as aulas:

 

-Motivação para o debate e a reflexão sobre temas atuais a partir do conhecimento prévio e cotidiano dos alunos.

- Atratividade da linguagem jornalística, que é mais sintética e ilustrada.

- Os audiovisuais dão destaque a informações e chamam a atenção, muitas vezes mais que o professor.

- Substituem longas exposições e textos;

- As imagens televisivas atingem primeiramente as emoções e, em seguida, o professor deve trabalhar as interpretações racionalizadas e críticas.

A partir da pesquisa-ação desenvolvida por Betti, são apresentadas algumas recomendações para o uso das mídias na educação física, em especial a TV e vídeo:

 

1) partir de um tema e/ou situação atual e de interesse dos alunos, porém, integrado ao tema trabalhado no currículo naquele período;

2) utilizar matérias curtas, evitando matérias essencialmente narrativas;

3) preparar a utilização da matéria, verificando a veracidade das informações;

4) articular exibição do vídeo com vivências corporais;

5) favorecer a discussão sobre o vídeo, articulando-a à vivência dos alunos e à cultura corporal de movimento, em seu contexto histórico (passado e presente) e com dados científicos;

Desse modo, recupera-se a tarefa educativa e física da Educação Física, enquanto elemento dinâmico da cultura.

 

Galera é isso ai o texto apresenta uma visão geral do artigo, que é bastante extenso e informativo, porém pode ser de difícil compreensão.

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