sábado, 29 de setembro de 2012

Aula de metodologia do treinamento físico (24/09/2012)

Bom pessoal chegamos ao último resumo da aula de metodologia antes da NP1, primeiramente pedimos desculpas pela demora na postagem e que esta semana teve a entrega do estágio, vários provas práticas, enfim. Mas sem mais delongas vamos ao que interessa.
Em primeiro lugar a última aula de metodologia foi uma aula bem tranquila porém bastante estensa, o que eu volto a repetir nesse resumo o que já havia comentado anteriormente é importante estar atento à alguns conceitos, e esta última aula vários conceitos foram abordados como overtraining e aquecimento... Além das capacidades motoras ( flexibilidade) e supercompensação.

Overtraining nada mais é do que uma sobrecarga excessiva do treinamento, descanso insuficiente ou progresso muito rápido, diferente dos conceitos de reversibilidade e destreinamento em que o individuo tem a queda do rendimento, no overtraining outros sinais passam a ser perceptiveis :

Falta de apetite
Queda do peso corporal
Fadiga crônica
Distúrbios do sono
Falta de motivação
Irritabilidade
Aumento na incidência de doenças

Estes aspectos são todos relacionados ao desempenho do atleta, porém procurar atentar-se aspectos diários do atleta, como a relação com a família, trabalho, escola....

Tratamento do Overtraining:

Redução na intensidade do treino.
Descanso completo ( 3 a 5 dias ) com retorno progressivo das atividades.

O não tratamento do overtraining pode resultar em um desequilíbrio hormonal o que resulta em desequilíbrio do sistema endócrino como a queda de alguns hormônios como T3,T4,Adrenalina e aumenta do hormônio cortisol.

Apenas para entendermos melhor como tem que ser a carga de treinamento, vamos mostrar alguns esquemas propostos para o descanso após um treinamento específico ou alguma modalidade esportiva.

Descanso completo:
coordenação ( 6 horas )
técnica/aprendizagem ( 24 horas )
força máxima (48 horas)
velocidade ( 24 horas )

Descanso incompleto:
resistência
força

Modalidades esportivas
Futebol ( 24 horas )
Basquetebol/handebol ( 20,24 horas )
voleibol ( 13 horas ).

Mas sempre lembrando estes números não são uma receita de bolo para você aplicar em  seu atleta, você tem que levar uma série de fatores em conta e principalmente verificar se o estímulo esta sendo adequado para o treino.

Aquecimento 

Antes de mais nada é importante frisar que o aquecimento não evita lesões em hipótese alguma, porém para o atleta se ele não aquecer antes do treinamento e ocorrer algum tipo de lesão ele vai ligar uma coisa a outra.

Funções do aquecimento
Preparação fisiológica ( aumento atividade enzimática, aumento fluxo sanguíneo, aumento temperatura corporal etc..)
Preparação psicológica.( prontidão há prática )
Aquecimento ativo ( quando há contração muscular ) aquecimento passivo ( cobertor térmico, massagem).
Aquecimento geral ( não há semelhança com a atividade) aquecimento específico ( próprio da competição).

*O aquecimento não deve prejudicar a atividade principal, levar a fadiga ( cansaço)

Não existe uma formula correta para o aquecimento mas segundo alguns estudos ele pode ser dividido:

Geral - grandes grupos musculares tem que ser aeróbio ( 5 a 10 minutos ).
Alongamento - Principais grupos musculares envolvidos na atividade / baixa intensidade, curta duração.
Específico - movimentos típicos da modalidade / baixa intensidade, curta duração.
5 a 10 minutos antes da competição.

Supercompensação.

Supercompensação e o aumento de determinadas substâncias decorrente do estímulo ao treinamento. Numa explicação simples e objetiva, a Supercompensação ocorre quando você aplica no organismo uma carga um pouco acima do que ele está habituado, quebrando o equilíbrio, depois você repousa bem, se alimenta adequadamente, e em seguida, aplica uma nova carga. Com a aplicação sucessiva de cargas crescentes e a quebra constante do equilíbrio, aliados ao repouso e a alimentação adequada, há uma resposta positiva do organismo, fazendo com que sua forma física melhore em relação ao estado anterior. 
Na linguagem do treinamento chamamos o equilíbrio de homeostase e procuramos sempre estar quebrando esta homeostase, para com o tempo levá-la a um patamar mais elevado. Esse processo explica porque correr determinada distância com o tempo passa a ser bem mais fácil e como ocorre a evolução na maioria das pessoas que treinam, se alimentam e repousam corretamente.
Se voltarmos no tempo, lembraremos que no início, a maioria de nós desafiava as distâncias menores. Alguns andando, andando e correndo ou já correndo direto, mas em curtas distâncias, que mais pareciam uma eternidade! 
Com o tempo vieram os treinos e provas de 10km, e em alguns casos, 15km, meia maratona e até maratona. Para os iniciantes, hoje pensar em uma corrida de 10, 15km pode até parecer algo muito distante, mas com muita calma, com o acúmulo de treinamento e a crescente aplicação de estímulos (treinos), os limites serão cada vez mais ampliados, ao passo de alguns mais avançados, com mais anos de treinamento, hoje acharem um treino que antigamente era considerado um “longão” um verdadeiro “treininho”!
Correr mais rápido também é um desafio. Imagino que você faça 10km em 65 minutos, 60, 55, 50 e queira percorrê-los em um tempo menor. Tudo é uma questão de treinar corretamente, assim com no caso dos que querem correr um pouco mais longe. Às vezes pode até parecer meio impossível, mas com a somatória de treinos, com a freqüência semanal adequada e planejada, você chegará lá e acabará até dizendo: nossa, quem diria que um dia eu chegaria aqui! Interrompendo os treinos e cessando os estímulos, infelizmente acabará dizendo: quem diria que um dia eu corri tão rápido! 
Ainda falando dos estímulos, devemos considerar que a lei da supercompensação tem algumas outras simples regras: estímulos muito fracos ou sem a freqüência adequada não trazem melhora ao organismo, estímulos em intensidade adequada provocam melhora, mas estímulos em intensidade muito alta podem causar prejuízos. 
Baseado nesse raciocínio dá para entender porque algumas pessoas não evoluem em seu estado de treinamento. Algumas, por exemplos, que dão estímulos em quantidade insuficiente na semana, os famosos atletas de final de semana. Nestes casos, o organismo recebe uma carga, se recupera e fica esperando um novo estímulo, mas este só vem muitos dias depois, quando o efeito do anterior já se foi. Aliás, o grande risco que correm estes indivíduos é o de realizarem um esforço demasiado, sem que o organismo esteja acostumado e preparado!
Há ainda os atletas que aplicam cargas muito baixas, não estimulando em nada o organismo e alguns que aplicam cargas muito altas no momento errado, não dão o intervalo adequado e logo em seguida, aplicam uma nova carga, gerando um desgaste muito alto, tornando impossível a recuperação e fazendo com que a forma física piore. Passado algum tempo este organismo massacrado pode atingir  o Overtraining.
O ideal é aplicar a carga correta para aquele dia, sempre considerando a disposição física que se encontra o indivíduo naquele dia, os treinos que vieram anteriormente, os que virão posteriormente e nunca descuidando do repouso e da alimentação. 
É evidente que o nível e tempo de treinamento, além de outros referenciais de controle, serão o que definirão exatamente a carga correta. Correr 10km em 40 minutos para um atleta de alto nível, por exemplo, pode ser um estímulo fraco, porém, se este o fizer em um treino pós competição, pode vir a ser um treino na medida exata. Para alguns de nós mortais, mesmo que em um dia muito inspirado e no ápice da forma física, correr apenas um quilômetro neste ritmo, pode significar um esforço pra lá de muito forte!
Em resumo, a aplicação e o acúmulo adequado das cargas de treinamento, explicam o milagre que faz as pessoas melhorem sua forma física, mesmo que sem fazer muito sacrifício, apenas respeitando corretamente a Lei da Supercompensação. 



Lei da supercompensação:

ESTÍMULO+
FADIGA+
RECUPERAÇÃO+
SUPERCOMPENSAÇÃO=
ADAPTAÇÃO

Capacidades motoras: Flexibilidade

Flexibilidade é a capacidade da realização de movimentos com grande amplitude, a flexibilidade é melhorada através do alongamento.

Benefícios: Aprendizagem de novos movimentos
                   Boa coordenação técnica
                   Prevenção de lesões

Fatores que influenciam: Clima ( temperatura)
                                         Período do dia
                                         Aquecimento
                                         Gênero

Fatores que limitam: Tipo de articulação 
                                  Disposição de tendões e ligamentos
                                  Força muscular
                                  Idade
                                  Gênero

Classificação 

Ativa ( força interna ) x Passiva ( força externa )
Estático ( parado )      x Dinâmico ( movimento )
Geral ( envolve várias articulações) x específico

Com relação a flexibilidade não tem segredo é fácil e rápido, bom é isso aí galera leiam os resumos das matérias e vocês vão arrebentar na prova.






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