sábado, 26 de outubro de 2013

Resumo do texto para o concurso público estadual PEBII "A produção do corpo, gênero e sexualidade: Um debate contemporâneo na educação"


Goelner, S.V.A A produção corporal do corpo, gênero e sexualidade: um debate contemporâneo na educação.



Galera que acompanha nosso blog, hoje vamos apresentar mais um resumo sobre um artigo, que faz parte da bibliografia do concurso público para professor estadual PEB II.

O artigo em pauta expressa como o corpo é visto ao longo da história, abordando aspectos antropológicos, históricos e sociais.

Mas não entenda o artigo como mais um que expressa suas opiniões sobre a busca contemporânea para o corpo perfeito ou o ideal de beleza europeia do inicio do século XX (supremacia ariana). Pelo contrário o texto busca descentralizar o “corpo” de seu carater natural históricos e vincular o seu papel de importância na história, fazendo um link entre as épocas sobre o que representa o corpo para determinado periodo histórico. Por exemplo para o autor, o chamado determinismo bilológico (associar a uma determinada raça a um carater definitivo para quem nasce em determinado local do planeta, por exemplo ser negro e velocista, baiano e preguiçoso, loiro europeu ideal de beleza etc...), em que as mulheres eram denominadas por muito tempo como o “sexo frágil” e que seus respectivos lugares era em casa de preferência na cozinha e cuidando das crianças. Ao longo dos anos esse pensamento cai por terra, como o autor aponta que no Brasil do século XIX muitas mulheres desempenhavam trabalhos, atividades físicas e esportivas que exigiam esforço físico, colocando uma tensão entre ser mulher e viver, significando uma ruptura com o naturalismo e o determinismo biológico sobre padrões de masculinidade e feminilidade. Ou ainda apresentar os significados e valores atribuídos ao corpo variam conforme as culturas, nas quais são produzidas narrativas e hierarquias, demonstrando que o “corpo é uma construção social, cultural e histórica”. As formas de culto ao corpo na sociedade contemporânea se tornam relevantes a partir das relações sociais, produzindo uma moral das aparências em relação ao que efetivamente se é. Tal importância do corpo está vinculada à ação da ciência que buscou compreendê-lo em suas especificidades. Algumas teorias biológicas analisaram os indivíduos a partir da forma ou aparência do seu corpo, dando ênfase a características biológicas em sua relação direta com o lugar social. Exemplos: tamanho do cérebro correspondendo ao nível de inteligência; aparência do rosto, cor de pele, indicando aptidão para o trabalho manual ou intelectual; biotipo, associado à criminalidade, entre outras associações. Além desses fatos o autor aponta para a importância dada ao corpo em certos periodos históricos, como por exemplo na Idade Média quando ser gordo era sinônimo de saudável, tomar banho estava vinculado ao erotismo, e apenas as partes visiveis eram lavadas (rosto e mãos) no século XVI e XVII roupa branca era sinônimo de limpeza, no século XVIII o banho passa a ser incentivado por médicos como forma de revigoramento do corpo, e as questões higiênicas passam a ter papel de grande importância na Europa. Com o advento das ciências associado a Revolução industrial o corpo passa a ser de vital importância no nascedouro dessa nova sociedade, por que o mesmo precisa produzir e para isso precisa de energia e saúde, e para isso ele precisa adotar hábitos higiênicos (tomar banho, lavar as mãos antes das refeições, escovar os dentes etc...) e praticar atividades físicas (momento de grande importância da escola que através de programas de ginásticas passa a preparar o corpo para as necessidades de produção da época) “uma escola capaz de preparar os indivíduos moral e fisicamente tendo por base educação do corpo, isto é, uma educação suficientemente eficiente na produção de corpos capazes de expressar e exibir os signos, as normas e as marcas corporais da sociedade industrial evidenciando, inclusive, as distinções de classe”. O padrão do corpo aceitável nessa sociedade apresentaria as seguintes características por pertencer à classe e ideologia burguesa: “retilíneo, vigoroso, elegante, delicado e comedido nos gestos”. Em contraposição, o “corpo volumoso, indócil, desmedido, fanfarrão e excessivo era representado como inferior e abjeto”, o corpo do povo, da massa, dos trabalhadores e despossuídos. Desse modo, o corpo é a corporeidade associada aos símbolos de sua produção. A partir desse ponto o autor abre um link direto com a sociedade contemporânea: Nessa época, a ginástica compreendia diferentes práticas corporais destinadas a formar o caráter, desenvolver o potencial individual, preparando um indivíduo resistente, ágil, moderno: “exercícios militares, acrobacias, danças, cantos, corridas, jogos, esgrima, natação, marchas, lutas, entre outras”. A valorização do corpo, portanto, estava em função do rendimento, produtividade e aparência, valores vigentes na sociedade contemporânea: “representações de beleza, saúde, doença, vida, juventude, virilidade, entre outras, não deixaram de existir, apenas transmudaram-se, incorporaram outros contornos, produziram outros corpos”. A ideia central que fica do artigo é que o corpo através dos séculos representa aquilo que somos e como existimos, apesar de partilhar de um senso comum coletivo é a sua individualidade que apresenta sua importância na história. Mesmo ele sendo usado através de intervenções politicas, de saúde, beleza, doença, etc... o autor retira o corpo do seu centro naturalista expresso através de suas imagens invenções e reinvenções ao longo dos séculos (gordo, magro, saudavél, doente, biotipo, cor de pele...) e imprega sua importância na cultura e no desenvolvimento da sociedade.

Galera esse artigo é um pouco mais simples que os demais, de fácil entendimento e compreensão, curta a nossa página no Facebook e aguarde por novas postagens.

Nenhum comentário:

Postar um comentário